O ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ministro das Economia, Pedro Siza Vieira, anunciaram esta quarta-feira um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3.000 milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia Covid-19.

O pacote de medidas, anunciado por Mário Centeno, destina-se a três áreas: garantias públicas, sistema bancário e flexibilização das obrigações fiscais e contributivas.

"É o momento de pensar em iniciativas para conter a doença, mas é também hora de garantir o apoio à liquidez das pequenas e médias empresas e às famílias", disse Mário Centeno.

Mário Centeno, afirmou ainda que a contenção já implementada devido ao novo coronavírus "está a levar a economia a tempos de guerra", referindo que o momento exige "uma resposta sem precedentes".

Na área da restauração, será disponibilizada uma linha de 600 milhões de euros, em que 200 milhões de euros serão destinados a micro e pequenas empresas.

No turismo, nomeadamente a agências de viagens serão distribuidos 200 milhões de euros, sendo que 75 milhões de euros serão paras micro e pequenas empresas.

Os empreendimentos turísticos receberão 900 milhões, nos quais 300 milhões de euros irão para micro e pequenas empresas.

Para a indústria estão destinados 1300 milhões de euros, nos quais 400 serão para micro e pequenas empresas.

Estas linhas de crédito têm um período de carência até ao final do ano e podem ser amortizadas em quatro anos, referiu Pedro Siza Vieira.
Entre as medidas, os bancos vão passar a aceitar pagamentos eletrónicos sem limite mínimos.

Também o pagamento do IRC será adiado.

As contribuições à Segurança Social serão reduzidas a um terço nos meses de março, abril e maio.

Temos de proteger os mais frágeis", salientou Pedro Siza Vieira.

No total, o pacote de medidas significa um aumento de liquidez nas empresas de 9 mil milhões de euros.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou, terça-feira, o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Fonte: https://tvi24.iol.pt/economia/financas/covid-19-governo/

Visite os nossos imoveis em:
https://www.tuacasa.pt/