As mercearias, supermercados e hipermercados vão manter-se abertos durante o novo confinamento e não terão restrição de horário. Não há, por isso, "nenhum motivo" para corridas a estes estabelecimentos, garante o primeiro-ministro, António Costa. Ainda assim, os espaços terão uma lotação máxima limitada a cinco pessoas por cada 100 metros quadrados em simultâneo.

"Não há nenhum motivo para que as pessoas corram para os supermercados ou hipermercados porque vai tudo manter-se em funcionamento", afirmou o responsável, recordando que, tal como em março e abril do ano passado foi possível assegurar "que nada de essencial faltaria nas prateleiras, assim continuará a acontecer", sendo que, desta vez, estes estabelecimentos funcionarão sem restrições de horários.

António Costa falava em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros que aprovou as medidas de confinamento geral ao abrigo do novo estado de emergência. Também as farmácias, padarias e outras atividades de comércio a retalho ou prestação de serviços de primeira necessidade ou outros considerados essenciais vão manter-se abertos ao público - o idealista/news tem um guia completo com tudo o que pode abrir e o que tem de fechar no próximo mês.

Os serviços públicos prestam atendimento presencial por marcação, ao mesmo tempo que será mantida e reforçada a prestação dos serviços através dos meios digitais e dos centros de contacto. Tal como já se esperava, os restaurantes voltam a ter de encerrar portas ao público passando a funcionar apenas em regime de 'take-away' ou de entregas ao domicílio. Neste confinamento geral permite-se também o funcionamento de feiras e mercados, nos casos de venda de produtos alimentares. O primeiro-ministro anunciou que as empresas obrigadas a encerrar terão acesso automático ao lay-off simplificado, estando ainda previsto um reforço e alargamento de medidas de apoio à economia, cujos detalhes serão apresentados pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Durante a conferência de imprensa em que apresentou as novas medidas e fundamentou a decisão do Governo, o primeiro-ministro salientou que o país está a "viver seguramente um momento" que é simultaneamente "o mais perigoso", mas também o de maior esperança, sublinhando que o que torna este momento "difícil" é o facto de "a mesma esperança" que a vacina confere na ultrapassagem da pandemia, é também a que alimenta um maior relaxamento nas regras que permitem contê-la. "Não há cansaço que nos permita assumir esta dor coletiva de termos mais de uma centena de mortos por dia. Não é aceitável e temos de parar isto", disse também, pedindo às pessoas para não se distraírem com as exceções do recolhimento obrigatório e para se fixarem na regra que é: "Ficar em casa".

Supermercados proibidos de vender livros, roupas, artigos desportivos e decoração

Os supermercados e hipermercados vão ficar impedidos a partir da próxima semana de vender artigos não alimentares, como roupa, livros e objetos de decoração, revelou esta quinta-feira, 14 de janeiro, o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira. Em causa está o facto de poder haver uma "concorrência desleal" face a outros estabelecimentos que têm de fechar portas no novo confinamento. O diploma que vai limitar a venda de alguns produtos nas grandes superfícies deverá ser publicado esta sexta-feira, 15 de janeiro, e entrará em vigor na próxima semana, dando tempo ao setor para os retirar das prateleiras.

“Determinámos o encerramento de um conjunto de atividades comerciais, de lojas comércio retalho e o que está previsto é que seja possível limitar a venda nos super ou hipermercados, grandes superfícies de distribuição alimentar, o tipo de produtos que é comercializado nas lojas cujo encerramento se determina [neste novo confinamento geral]”, disse Siza Vieira. A fiscalização do cumprimento desta medida será feita pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse ainda, acrescentando que a medida que restringe os produtos que podem ser vendidos nos supermercados e grandes superfíceis está a ser artriculada com o setor do retalho, não prevendo dificuldades na sua execução.

Grande distribuição está preparada: não faltará stock de produtos

Os supermercados dizem-se preparados para este novo confinamento, e garantem que um cenário de prateleiras vazias – como chegou a acontecer no início de março do ano passado – não deve voltar a repetir-se.
"Estamos agora mais preparados depois da experiência e processos implementados com sucesso na primeira vaga da pandemia", garante o porta-voz da Sonae MC, a dona do Continente, em declarações ao Dinheiro Vivo. Martinho Lopes, administrador do Intermarché, refere ainda, à mesma publicação, que “entre o aumento dos stocks de segurança por parte do retalho e uma maior capacidade de resposta por parte da indústria”, acreditam “que a escassez de bens alimentares será a menor das preocupações dos portugueses nesta altura."

"Estamos a notar uma maior procura nos nossos supermercados nestes últimos dias. Nada comparado com o "açambarcamento" que se verificou anteriormente, sendo que o abastecimento está assegurado", diz ainda cadeia espanhola, Mercadona.
O Lidl relata um cenário semelhante e garante “que não tem tido nem prevê, qualquer dificuldade de reposição de mercadoria nas suas lojas".

O online saiu reforçado com a pandemia e está, ao que tudo indica, mais preparado para dar resposta. Recorde-se que, nas primeiras semanas do confinamento do ano passado, houve picos de procura e atrasos de várias semanas nas entregas.
"Estamos preparados para acompanhar a procura, naturalmente dentro de determinados limites que não poderemos exceder, sob pena de não conseguirmos responder às expectativas dos nossos clientes", diz fonte oficial da Auchan, ao Dinheiro Vivo.
"Temos vindo a acompanhar o crescimento da procura com a mobilização dos recursos necessários, de forma preparada e sem surpresas. O que aconteceu no confinamento passado faz-nos obviamente prever, hoje, alguns cenários para os quais consideramos estar preparados”, garante.

Fonte: https://www.idealista.pt/news/financas/economia/2021/01/14/45896-supermercados-sem-restricoes-de-horario-nao-ha-motivo-para-corridas-as-compras

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